Por determinação do juiz Élcio Vicente da Silva, da 3ª Vara da Fazenda Estadual, o jogo Vila Nova e Goiás, marcado para o dia 14, no Estádio Serra Dourada, terá a presença das torcidas de ambas as equipes, mas com o público total limitado a 16 mil espectadores, divididos em 50% para cada lado.

A decisão foi provocada por ação civil pública protocolada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-GO), pedindo que a partida, valendo pela 29ª rodada da Série B do Brasileiro 2017, tivesse apenas a presença do mandante, no caso, o Vila Nova.

Segundo o pedido do MP-GO, a adoção do regime de torcida única se faz necessária pare evitar cenas de violência como as verificadas no encontro entre as duas agremiações no dia 24 de junho, quando houve briga entre as torcidas.


Torcidas de Goiás e Vila no Serra Dourada - 2017

Audiência anterior definiu que a partir de 2018 os clássicos terão apenas torcida do clube mandante.

PROBLEMA ANTIGO

Em sua decisão, o juiz Élcio Vicente da Silva destacou que é “antigo o problema da violência envolvendo as duas torcidas em Goiás”, mas entende que a melhor solução no momento não seja excluir a presença de uma delas do evento.

De acordo com a determinação judicial, é mais adequado limitar o número total do público, de maneira a que o aparato policial seja capaz de “garantir a possibilidade de segurança mais efetiva e permitir a realização do espetáculo”.

Desta forma, o juiz chegou ao número máximo de 16 mil torcedores baseando-se no aparato policial montado para o jogo passado, que foi de 700 policiais para a expectativa de público total de 30 mil espectadores.

Na realidade, 12 mil 738 pessoas compareceram para assistir ao jogo do dia 24 de junho e, na visão do magistrado, o número de policiais foi suficiente para manter a ordem entre os torcedores, “não fosse o fato novo de eles terem descido até o setor da geral e ali se digladiarem”.

A decisão do juiz dividiu os dois clubes. O Vila Nova, mandante do jogo, não gostou da determinação, pois alega que terá prejuízos financeiros, já que imagina que a presença de público poderia ser maior que os 16 mil estabelecidos pela Justiça.

Pelo outro lado, o Goiás achou que houve coerência e bom senso por parte do magistrado. O clube entende que a decisão foi razoável, pois garante a segurança no estádio e também o direito de o torcedor ir ao jogo.

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