No que depender dos laudos da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária, o Estádio Serra Dourada terá condições de funcionamento para a abertura do Campeonato Goiano de Futebol de 2016, marcada para o final de semana de 30 e 31 de janeiro.

A afirmação foi feita por representantes das três instituições em reunião realizada na manhã da segunda-feira, 18, na administração do próprio estádio. Os laudos deverão ser entregues até quarta-feira, dia 20, para serem encaminhados ao Ministério Público – MP.

O encontro foi coordenado pelo presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras – Agetop -, Jayme Rincon, e contou com a presença de representantes dos três clubes de Goiânia; da Federação Goiana de Futebol – FGF -; das três instituições responsáveis pelos laudos; e de membros do MP. 


Jayme Rincon, presidente da Agetop, fala em reunião sobre o Serra Dourada

Motivada pela decisão judicial de interditar o estádio até a apresentação dos laudos, que foi solicitada pelo Ministério Público, a reunião aconteceu com o objetivo de encontrar uma solução para o impasse e permitir a realização das partidas do certame estadual.

Dois jogos estão previstos para acontecerem no Serra Dourada no final de semana de abertura do campeonato. No sábado, 30, está marcado o confronto entre Atlético Goianiense e Crac, de Catalão, enquanto no dia seguinte, domingo, 31, deverá ser realizado o principal clássico do futebol goiano, Vila Nova e Goiás.

PRESENÇAS

Além de Jayme Rincon, presidente da Agetop, que administra o estádio, participaram do encontro o diretor de Infraestrutura Esportiva e Turística da Agência, Itamir Campos, e a gerente do Serra Dourada, Izabella Maia.

A Federação Goiana de Futebol foi representada pelo seu presidente, André Pitta, enquanto pelo Vila Nova compareceu o presidente Guto Veronez. O Goiás esteve presente através do diretor Jurídico do clube, João Bosco Luz; e o Atlético por Júnior Mortosa.

O coronel Divino Alves, Comandante do Policiamento da Capital, representou a Polícia Militar; o tenente-coronel Anderson Cirino esteve presente pelo Corpo de Bombeiros; e Romário Gonçalves Vaz falou pela Vigilância Sanitária.

Pelo lado do Ministério Público, estiveram no encontro os promotores Sandro Barros e Tiago Santana Gonçalves.

SEGURANÇA

Conduzindo o encontro, Jayme Rincon afirmou considerar a interdição do estádio desnecessária, uma vez que o Serra Dourada não tem histórico de violência e mesmo necessitando de reformas, ainda apresenta um grau de segurança elevado, principalmente se comparado a outros estádios brasileiros.

O presidente da Agetop disse, ainda, que a setorização do Serra Dourada, que se tornou uma espécie de bandeira dos que defendem a interdição do estádio, será feita quando acontecer a reforma do equipamento esportivo. Mas lembrou que a setorização diz respeito ao conforto e não a segurança.

“Acho que está havendo uma confusão a este respeito. A setorização dos estádios tem a ver com conforto do público, com valores diferentes de ingressos. Ela não impede ninguém de circular pelo estádio. Além disso, é uma obra profunda, que mexe com a estrutura do estádio. Não dá para fazer assim de uma hora para a outra”, afirmou Rincon.

Ele destacou que não houve nenhum incidente grave ligado à segurança para motivar a interdição do Serra Dourada e que não há nada que possa descredenciar o seu funcionamento. Ainda assim, o presidente da Agetop disse que a única medida solicitada pelas fiscalizações que não será tomada de imediato é a setorização.

“É um projeto do governado Marconi Perillo fazer com que o Serra Dourada volte a ser referência. E nós vamos fazer isso. É prioridade. Mas precisamos primeiro viabilizar a verba. Nesta reforma a setorização será feita. Mas repito que ela não é fator de segurança”, salientou Jayme Rincon.

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