A Confederação Brasileira de Futebol – CBF – anunciou que as duas partidas da final serão realizadas em novembro. O jogo de ida será no dia 8, um domingo, a partir das 7:00 horas da noite, no Estádio do Café, em Londrina.
Haverá um intervalo de duas semanas até a segunda partida, a chamada volta, que está marcada para o dia 21, um sábado, a partir das 7:30 horas da noite, no Estádio Serra Dourada.
A classificação para a final da Série C do Brasileiro foi conquistada diante de um público presente de 40 mil e 503 espectadores. Contudo, o total de pagantes foi de 35 mil e 500 pessoas, o que totalizou renda de R$ 207.500,00.
ARTILHEIROS
Róbston, Baiano, Vitor Pio e Bruno Lopes foram os cobradores que converteram seus tiros em favor do Vila Nova. A classificação foi garantida quando o lateral-direito Wender errou a sua batida, já na segunda série de cobranças alternadas. Ele bateu forte, mas a bola subiu e explodiu no travessão.
O resultado de 0 a 0 foi o mesmo que havia sido verificado no jogo de ida, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Com a possibilidade de contar com os empates em seu favor – o 0 a 0 levaria para pênaltis e o empate com gols lhe daria a classificação direita -, o Brasil tratou de adotar um esquema defensivo.
A estratégia, aliás, já havia dado certo na fase anterior, quando os gaúchos eliminaram o Fortaleza, do Ceará, em situação semelhante. A ausência do centroavante Nena, suspenso, aumentou a convicção do técnico Rogério Zimmermann da necessidade desta tática.
Tanto que ele chegou a surpreender, escalando o meio-campista Galiardo para o lugar de Nena. A ideia era segurar os avanços dos alas Vitor Pio e Marinho Donizete. Mas a estratégia não surtiu tanto efeito no início do jogo.
BOLA AÉREA
Empurrado pelo enorme público, o Vila Nova começou a partida a todo vapor e pressionando o adversário. E, desta forma, nos 10 primeiros minutos os dois zagueiros do Brasil receberam cartões amarelos e o Vila Nova chegou ao gol. Contudo, o lance foi anulado pela arbitragem, que marcou falta de ataque.
Diante deste ímpeto dos donos da casa, o time visitante teve que recuar até seus jogadores mais avançados, Felipe Garcia e Cleverson, para isolar as chances do adversário.
A pressão vilanovense durou pelos 20 minutos iniciais. A partir deste momento, Zimmerman mandou que sua equipe adiantasse um pouco a marcação. A mudança surtiu efeito e o Brasil equilibrou a partida.
E o jogo ficou confortável para o time visitante. A equipe goiana não conseguiu mais agredir como fez nos primeiros minutos e o adversário foi mantendo o jogo em banho-maria. Com o experiente atacante Frontini no comando do ataque, o Vila Nova apostou na bola aérea.
A ordem pareceu ser cruzar pelo alto toda vez que se aproximasse da área. O problema é que a elevada estatura da zaga do Brasil prevaleceu e os defensores cortaram tudo e não deram chance para Frontini aparecer.
Para piorar a situação, o veloz Moisés não conseguiu demonstrar o mesmo perigo visto em Pelotas.
RETRANCA
O time gaúcho assumiu a retranca de vez na segunda etapa. Isso já ficou evidente quando Zimmermann tirou o camisa 10 Diogo Oliveira e colocou em campo o volante Jardel. Dê olho na vitória, os donos da casa fizeram o inverso. O treinador Márcio Fernandes colocou o atacante Matheus Anderson no lugar do volante Francesco. A ofensividade deu resultado, pelo menos inicialmente. Logo na primeira jogada, por pouco o novo atacante não fez o gol. O lateral Marcelo cruzou para a área e Matheus Anderson desviou de calcanhar, obrigando o goleiro Eduardo Martini a fazer grande defesa.
Com o adversário preocupado em se defender e saindo pouco para o jogo, coube ao Vila Nova buscar as jogadas de ataque e ditar o ritmo da partida. E o time chegou a esboçar isso. Teve a posse de bola, mas criou pouco e não conseguiu levar perigo ao gol defendido por Martini.
Para se ter ideia, depois da tentativa de Matheus Anderson, ainda no primeiro minuto da segunda etapa, somente aos 16 minutos surgiu outra jogada mais perigosa. Frontini cabeceou no ângulo e o goleiro se esticou para fazer a defesa.
Um pouco depois, a torcida chegou a soltar o grito de gol que estava preso na garganta, mas a alegria durou pouco: outro gol anulado. Desta vez a jogada começou com Matheus Anderson, que driblou a marcação, mas hesitou em chutar, preferindo passar para um companheiro.
A bola veio para Róbston, que também não chutou, tocando para o meio da área. Moisés entrou na jogada, mas furou na hora do chute. Com isso, a pelota sobrou para Frontini, que, afinal, bateu para o gol, assinalando o tento. Entretanto, o centroavante estava impedido e novamente a arbitragem invalidou o gol.
No caminhar dos ponteiros do relógio, a partida foi ficando tensa. E com o final do jogo se aproximando, nenhuma das equipes quis arriscar e a decisão ficou para as cobranças de tiros livres da marca do pênalti.
PÊNALTIS
Nas cobranças dos tiros da marca penal, os goleiros Edson, do Vila, e Eduardo Martini, do Brasil, defenderam uma vez cada. Prevaleceram os chutes para fora e na trave.
Durante a série de cinco cobranças para cada lado, apenas duas foram convertidas por time. Três foram desperdiçadas. Pelo Vila, Róbston e Baiano converteram, enquanto Frontini, Ramires e Marinho Donizete perderam.
Pelo lado do Brasil, Gustavo Papa, Jardel acertaram, enquanto Washington, Xarô e Galiardo perderam.
Com tudo empatado, começaram as cobranças alternadas. Victor Pio marcou para o Vila na primeira série, mas Brock também converteu para o Brasil.
Na segunda série alternada, o atacante Bruno Lopes, que entrou no decorrer do jogo, marcou para o time da casa. Já o lateral Wender, do Brasil, perdeu, mandando a bola no travessão. E o Vila Nova ganhou a vaga na decisão do campeonato.
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