Foi uma aula de valentia, superação e qualidade tática. O Figueirense contou com tudo isso para vencer o Goiás por 3 a 2, de virada e com um homem a menos desde o primeiro tempo, em pleno Serra Dourada, domingo, 4.
A derrota mandou o Goiás para a zona do rebaixamento e afundou o clube numa crise que parece profunda e conta, inclusive, com declarações contundentes do presidente do clube, Sérgio Rassi, contra os jogadores.
Como tem acontecido nos jogos do Goiás durante toda a temporada, o público presente ao Serra Dourada foi pequeno.
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Apenas três (3) mil e 117 pessoas pagaram ingresso para ver a derrota do time goiano, totalizando arrecadação de R$ 44.205,00.
ALTERNÂNCIAS
Em duelo bastante intenso e com alternâncias de domínio em campo, o Figueirense soube driblar a expulsão de Carlos Alberto ainda no primeiro tempo da partida e, aproveitando os inúmeros erros da defesa goiana, ganhou no Serra Dourada, quebrando jejum de sete rodadas sem vitória.
O atacante Zé Love, cobrando pênalti, abriu o placar para o Goiás na etapa inicial, mas o também atacante Dudu roubou a cena na fase final e virou o marcador com dois gols praticamente iguais. O lateral Leandro Silva, contra, empatou e deu esperanças para aos goianos, mas o Figueirense sacramentou o triunfo com belo chute de Rafael Bastos no final da partida.
Desde o início do primeiro tempo ficou claro que seria um jogo aberto e com possibilidades de muitos gols. Precisando da vitória na luta contra o rebaixamento, ambas as equipes se lançaram ao ataque sem muita preocupação defensiva, deixando as defesas bem vulneráveis.
Com tal estratégia, surgiram muitos espaços para os setores ofensivos trabalharem, o que resultou na criação de várias chances de gol, num duelo bastante movimentado.
O Goiás soube aproveitar melhor esse panorama na etapa inicial e teve maior volume de jogo. Mas os visitantes também levaram perigo ao gol adversário, principalmente em jogadas criadas pelo meia atacante Carlos Alberto, que atuou bem até ser expulso aos 43 minutos do primeiro tempo, por reclamação.
OPORTUNIDADES
Pelo lado do Goiás, as melhores chances surgiram nos pés do atacante Erik, que acabou desperdiçando pelo menos duas oportunidades de marcar. Na primeira delas, ele receber na entrada da área, driblou a marcação, mas bateu para fora. Na segunda, mandou no travessão de dentro da grande área.
Mas foi também dos pés dele que surgiu o pênalti que resultou no primeiro gol do jogo. Erik deu uma bicicleta para a meta e o chute explodiu na mão do zagueiro Thiago Heleno. Zé Love bateu e converteu em gol aos 49 minutos.
Mas o panorama mudou no segundo tempo e, mesmo com um jogador a menos, quem dominou o jogo na etapa foi o Figueirense.
Apesar da vitória parcial, o Goiás voltou do intervalo com duas alterações. O meia Felipe Menezes, que sentiu a antiga contusão na primeira etapa, saiu para a entrada do também meia Liniker. E o centroavante Zé Love foi trocado pelo também atacante Carlos.
Mesmo com um homem a menos, o Figueirense voltou bem mais incisivo no ataque e conseguiu a virada de forma rápida. Em três minutos, aos 11 e aos 14, os atacantes Clayton e Dudu fizeram jogadas praticamente idênticas que resultaram em dois gols para o time catarinense. Em ambas, Clayton escapou pela esquerda e cruzou rasteiro para Dudu tocar para a rede.
O time da casa ainda reagiu e chegou empatar o jogo graças a um gol contra do lateral Leandro Silva, após cruzamento do também lateral Rafael Forster. No entanto, o meia Rafael Bastos decretou a vitória do Figueirense e o fim do jejum da equipe ao acertar chute de fora da área, no canto esquerdo de Renan, aos 41 minutos.
Com o resultado, o Goiás saiu de campo sob vaias.
O Figueirense permanece na 18ª colocação, mas chegou a 31 pontos, mesmo número que tem o Goiás, no 17º lugar. O próximo desafio dos goianos será contra o Corinthians, dia 15 de outubro, em São Paulo. Já os catarinenses pegarão o Flamengo, em Florianópolis, dia 14.
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